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20 de março de 2011

10 de março de 2011

Tributo a VIK MUNIZ



Vik Muniz nasceu no centro de São Paulo em 1961. Autodidata, antes de se tornar artista plástico passou por vários empregos. Um deles em uma pequena agência de anúncios, onde despertou seu interesse por imagens com poder persuasivo e pelas possibilidades de manipulação das mesmas.

Em 1983 um acidente mudou sua vida. Ao sair de uma reunião,Vik presenciou uma violenta briga de rua e acabou levando um tiro por engano. Um dos homens querendo evitar uma ocorrência policial, oferece uma boa quantia em dinheiro a Vik. É com esse dinheiro que ele vai para Chicago onde vive por dois anos.
Em 1986 vai para Nova York onde trabalhou em diversos empregos e estudou direção de teatro e cenografia. Acaba se naturalizando norte americano.

Sua primeira mostra aconteceu em 1989. Nela, ele expõe uma série de esculturas chamadas Relíquias - objets trouvés fabricados ou falsas descobertas arqueológicas, como a Máquina de Café Pré-Colombiana. Esses trabalhos já delineavam a atitude bem humorada que marcaria toda sua obra.

Ao ver suas peças fotografadas por um profissional Vik teve o insight que influenciou decisivamente seu trabalho: as reproduções fotográficas seriam o objeto final de sua arte.
Desde então, ele passou a usar a fotografia como suporte para desenvolver uma série de experimentações como diversos materias...geléia, calda de chocolate, diamantes e lixo!

O sucesso viria somente em 1990, quando seu talento é descoberto por um crítico do jornal The New York Times. Sua participação na conceituada mostra New Photografhy, em 1995, abre caminho para o reconhecimento mundial. Em 2001 é escolhido como representante do Brasil na Bienal de Veneza. Em 2005 escreve o livro Reflex, que foi traduzido para o português em 2007.

Vik é um dos artistas mais produtivos de sua geração. Suas obras integram os acervos de alguns dos principais museus do mundo como The Metropolitan Museu of Art e Museu de Arte Moderna (NY), Tate Gallery (Londres) e Centre Georges Pompidou (Paris).

Muito recentemente foi filmado em forma de documentário, o processo de criação de um de seus mais belos trabalhos realizados no Brasil, no aterro sanitário do Rio de Janeiro. O Documentário recebe o nome de LIXO EXTRAORDINÁRIO. O link abaixo mostra o trailler desse filme incrível e emocionante.


http://www.youtube.com/watch?v=_pyR9qCd2F8


Nós do Atelier 46 realizamos um trabalho para homenagear Vik Muniz.
O trabalho foi feito usando o mesmo processo utilizado pelo artista onde temos uma imagem plana que é o que queremos "retratar" e, sobre ela, objetos diversos. A obra de arte não é a montagem e sim as imagens fotográficas feitas pelos artistas.